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Conversas de Coaching

Burnout e Liderança: Quando o Engajamento se Confunde com Exaustão

  • Foto do escritor: Cibele Nardi
    Cibele Nardi
  • há 27 minutos
  • 2 min de leitura

burnout

O aumento dos casos de burnout não é sinal de fraqueza — é sintoma de um sistema que confundiu engajamento com exaustão e esqueceu que produtividade sem limites cobra um preço alto.


Nos últimos anos, o burnout deixou de ser um tema restrito à saúde mental e passou a ser uma questão organizacional urgente. Não se trata de falta de resiliência individual, mas de um modelo de trabalho que confunde dedicação com disponibilidade total. E essa confusão não acontece apenas “lá em cima”. Ela atravessa toda a estrutura — da alta liderança até quem está na linha de frente. Chefes e equipes, todos sob pressão, tentando dar conta, tentando mostrar presença, tentando provar “garra”.


Quando o Engajamento Vira Exaustão

A sobrecarga geralmente começa com boas intenções. É a resposta legítima ao desejo de fazer bem feito, de contribuir, de entregar resultados.


Mas quando o limite entre envolvimento e auto-sacrifício se apaga, o engajamento se transforma em desgaste. O corpo tensiona, o sono piora, a mente não desacelera — e o que antes era energia vira exaustão silenciosa.


Em ambientes assim, a produtividade até pode parecer alta no curto prazo, mas o custo chega rápido: queda de energia, aumento de ansiedade e perda de talentos.


A Liderança Também Está Cansada

Quando a liderança está exausta, a tendência é repassar o ritmo que recebe. Não por descuido — mas por sobrevivência. Gestores também sentem o peso da pressão, das metas, da cobrança constante. Ninguém escolhe liderar pessoas para esgotá-las. E ninguém escolhe ficar esgotado.

Por isso, o desafio real não é encontrar culpados. É quebrar ciclos de exaustão que se perpetuam sem intenção.


Como Quebrar o Ciclo da Sobrecarga no Trabalho

Reconhecer o burnout como um problema sistêmico é o primeiro passo. Mas mudar a cultura exige ações concretas — práticas que tornem o cuidado parte da rotina, e não exceção.


Alguns caminhos possíveis:

Reconhecer que pessoas têm limites — inclusive líderes. Exigir performance constante é insustentável a longo prazo.

Valorizar pausas, não apenas presença. Desconectar também é produtividade. É o que permite sustentar o ritmo.

Diferenciar alta performance de auto-sacrifício. Dedicação não precisa vir acompanhada de esgotamento.

Saber priorizar. Quando tudo é urgente, nada é realmente importante — e o caos se instala.

Criar espaços seguros para pedir apoio. Cultura de confiança é quando alguém pode dizer “eu não estou bem” sem medo de julgamento.


Sustentabilidade Emocional é Sustentabilidade do Trabalho

Cuidar da saúde emocional não é apenas sobre bem-estar — é sobre sustentabilidade do trabalho, das relações e dos resultados. Porque equipes esgotadas não inovam, não colaboram e não permanecem.


Liderança também sente, também cansa, também precisa respirar. E talvez a pergunta mais importante de todas seja:

Como podemos cuidar uns dos outros enquanto entregamos?

No fim das contas, ninguém performa bem cronicamente exausto — nem quem lidera, nem quem segue. Cuidar das pessoas é, mais do que nunca, cuidar do próprio negócio.

 
 

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​© 2014 por Cibele Nardi

Cibele Nardi Escritório de Coaching

São Paulo - SP

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