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Conversas de Coaching

Você Sempre Tem Uma "Desculpa" Pronta?

  • Foto do escritor: Cibele Nardi
    Cibele Nardi
  • há 2 dias
  • 3 min de leitura

Chegou atrasado? Culpa do trânsito.

Não entregou o relatório? O sistema travou.

Esqueceu um compromisso? O alarme não tocou…


É natural buscar justificativas para o que acontece . Afinal, assumir falhas pode ser desconfortável, especialmente quando há cobranças externas envolvidas. Mas vale a reflexão: isso está acontecendo com frequência? Será que esse tipo de resposta virou padrão no seu dia a dia?

Se sim, talvez seja o momento de olhar com mais atenção para esse comportamento.


Justificativa ou Mentalidade de Vítima?


Segundo especialistas, quando temos uma explicação pronta para tudo que não deu certo — sempre baseada em fatores externos — é possível que estejamos presos a uma mentalidade de vítima. É como se disséssemos, mesmo sem perceber: “A culpa nunca é minha.”


Essa narrativa interna transfere a responsabilidade para o outro, para o ambiente, para o acaso…E, embora muitas vezes isso funcione como um mecanismo de autoproteção, nos impede de crescer, aprender e evoluir. Não se trata de culpa, mas de consciência.


O Que Está Por Trás Desse Comportamento?


Esse padrão pode surgir de:

🔸 Medo de errar e ser julgado

🔸 Dificuldade em lidar com frustrações

🔸 Perfeccionismo disfarçado de "controle"

🔸 Falta de repertório emocional para lidar com conflitos ou falhas


E o mais curioso: muitas vezes, nem percebemos que estamos fazendo isso. É o que chamamos de ponto cego — um comportamento automático que só se torna visível quando alguém nos oferece um feedback honesto (e nós estamos dispostos a escutar).


Expliquei ou Me Justifiquei?


Uma boa pergunta para começar é: Estou explicando um fato ou tentando me justificar para evitar desconforto?


Pergunte também a pessoas de sua confiança:


  • Você já sentiu que eu me justifico demais?

  • Em quais situações isso acontece com mais frequência?

  • Como você me sugeriria lidar com esses momentos de forma mais madura?


Receber esse tipo de devolutiva com abertura e curiosidade é uma excelente forma de ampliar sua autoconsciência.


Comece a Observar


Se você quer refletir sobre esse comportamento, observe-se ao longo da semana e anote:


  1. Você se pega justificando atrasos, esquecimentos ou falhas com frequência?

  2. Sente dificuldade em admitir erros, mesmo pequenos, sem recorrer a fatores externos?

  3. Costuma atribuir seus insucessos mais às circunstâncias do que às próprias escolhas?


Se respondeu "sim" para uma ou mais dessas perguntas, talvez esteja na hora de praticar a autorresponsabilidade — habilidade essencial para quem deseja evoluir com autonomia, maturidade emocional e confiança.


Guia Prático: Como Transformar Justificativas em Aprendizado


Quando perceber que está prestes a dar uma desculpa automática, tente este passo a passo:


  1. Pare e respire: dê um momento para se conectar consigo antes de falar ou agir.

  2. Reconheça o fato: verbalize o que aconteceu com honestidade, sem rodeios. Exemplo: “Cheguei atrasado.”

  3. Assuma sua parte: identifique o que estava sob seu controle e onde pode melhorar. Exemplo: “Eu poderia ter saído mais cedo.”

  4. Evite transferir culpa: não procure justificar com explicações externas.

  5. Planeje a próxima ação: pense em como evitar que o mesmo aconteça novamente. Exemplo: “Vou programar dois alarmes para garantir que acorde a tempo.”

  6. Pratique a autocompaixão: entenda que errar faz parte do aprendizado e não define seu valor.

  7. Busque feedback: quando for apropriado, peça a opinião de alguém de confiança para crescer com a experiência.


A mudança começa com pequenos passos —e a coragem de olhar para si com honestidade e gentileza.


 
 

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​© 2014 por Cibele Nardi

Cibele Nardi Escritório de Coaching

São Paulo - SP

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