Você tem feito a sua parte?
Por que não começar mudando certas atitudes suas, que até então você tomava por corretas, mas não eram?
Na correria do dia a dia, num mundo cheio de distrações, quase não paramos para notar os sinais que o nosso corpo apresenta (cansaço, dores, insônia, preguiça), ou como estamos nos sentindo (raiva, vazio, tristeza, irritação), ou para observar nossos pensamentos e perceber aquela voz que fica nos colocando para baixo (não vou conseguir, isso não é pra mim, é muito difícil, quem eu penso que sou?).
Nosso mundo está muito “mental”, com mudanças cada vez mais rápidas e cheio de informações facilmente acessadas pelo celular. Culturalmente, se por um lado, estamos priorizando o raciocínio lógico, por outro, somos a todo o momento tentados a cultivar apenas as banalidades que as redes sociais nos transmitem diariamente, sem o apuro necessário ou o mínimo de senso crítico. Além disso, o mundo contemporâneo nos “força” a valorizar determinados conhecimentos técnicos, ficando de lado os nossos sentidos, o corpo, os sentimentos, a espiritualidade, o contato com a natureza e consigo mesmo. Tudo parece caminhar para a formação de um desequilíbrio prejudicial.
Mas é preciso lembrar que cada um de nós carrega em si o que chamo de “potencial divino”. Costumamos usar pouco esse nosso potencial, porém podemos aprender a desenvolvê-lo, acessá-lo e nos apropriarmos dessa força.
Como?
Começando com o autoconhecimento e a auto-observação. Observe você no dia a dia, faça um diário e escreva seus sentimentos e pensamentos, registre os fatos importantes e como você lidou com eles. Aos poucos você vai percebendo como tem pensamentos automáticos e – pior - tem até sem perceber, e o quanto isso influencia as suas atividades cotidianas.
É por meio do que falamos, pensamos, sentimos e fazemos que nos conectamos com nosso potencial, em toda sua plenitude. Também é equilibrando o emocional, o mental, o físico e o espiritual que recuperamos nossa tranquilidade e paz, vislumbrando um mundo cheio de possibilidades. Saiba que você nasceu para coisas muito maiores do que as metas colocadas inicialmente em sua cabeça. Os acontecimentos cotidianos afetam a todos e cada um reage à sua maneira. Invista no seu autoconhecimento e se proponha a fazer algo diferente do que está acostumado. Dá trabalho? Dá. Mas o resultado é uma vida mais plena e mais próxima do que você deseja. Praticamente 90% da humanidade está descontente com a vida que leva e são poucos os que se propõem a deixar a zona de conforto, o conhecido, em busca de uma vida com mais sentido e significado. Alguns buscam a solução fora de si, outros passam a vida culpando os outros por tudo que acontece. Por exemplo: de que adianta você constatar que a corrupção em nosso país é “epidêmica” se não faz o mínimo para mudar esse quadro? Por que não começar mudando certas atitudes suas, que até então você tomava por corretas, mas não eram? Aqueles que experimentam fazer algo diferente se perguntam: por que não fiz isso antes?
Faça a sua parte
Certo dia, houve um incêndio na floresta e todos os animais se puseram em fuga. Todos, exceto o beija-flor. Ele ia e voltava, ia e voltava trazendo uma gota de água no bico, que deixava cair sobre as labaredas. Um dos animais, vendo o trabalho do beija-flor, disse ser impossível extinguir o fogo daquele modo.
Então, o beija-flor respondeu:
“Eu sei que estas gotas não apagarão o fogo, mas eu faço a minha parte.”